Quem são os Pashtuns?

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UM RESUMO ANTROPOLÓGICO:

Os 65 milhões de pashtuns (também conhecidos como Pushtun, Pakhtun, Pashtoon e Pathan) foram chamados a maior sociedade tribal muçulmana do mundo. Estima-se que existam 350 tribos Pashtuns, que podem ser divididas em quatro grandes confederações ou grupos de tribos com ascendência ou local comum. Tribos afiliadas podem compartilhar dialetos semelhantes. Cada Pashtun, então, é membro de uma tribo, que faz parte de uma confederação, dentro de todo o grupo étnico Pashtun.

Os Pashtuns vivem principalmente no Afeganistão (13 milhões) e no Paquistão (29 milhões), incluindo pelo menos 2 milhões em Peshawar, capital da província de KP, e 5 milhões na mega-cidade de Karachi, Paquistão, a maior concentração. Há também uma diáspora Pashtun significativa (afegã e paquistanesa) no Golfo Árabe (Emirados Árabes Unidos) e em muitos países ocidentais.

Espalhados por uma vasta área geográfica e divididos por diferenças socioeconômicas, políticas, tribais e linguísticas (dialéticas), os Pashtuns, no entanto, compartilham um senso único de identidade étnica. A identidade Pashtun é baseada em quatro elementos centrais: Herança (descendência de um ancestral comum); Islã (99,9% muçulmano); o Código de Honra Pashtunwali ("O Caminho do Pashtun"); e até certo ponto, o Idioma (pakhtu ou pashto). Em conjunto, sua linhagem comum, sua fé islâmica e seu código de honra proporcionam aos Pashtuns um forte senso de identidade e lealdade étnica.

Os Pashtuns costumam aparecer em boletins devido aos seus links para o Talibã, a militância e o Islã conservador. A literatura popular está repleta de histórias de mulheres veladas e oprimidas restritas a suas casas. Os Pashtuns foram estereotipados por estrangeiros e outros grupos de pessoas, como guerreiros ferozes, rebeldes e rudes, cuja falta de educação se expressa no tratamento das mulheres e na violência contra quem insulta sua honra e fé. No entanto, muitos Pashtuns se considerariam pacificadores, já que seu sistema de jirga (conselho de anciãos) e outros costumes facilitam a paz entre facções em guerra nos níveis local e nacional. Um Pashtun se descreverá como um protetor das mulheres e "um homem de paz, até que minha honra seja tocada".

Entre os Pashtuns, a honra pessoal e corporativa é da mais alta estima. A honra dos Pashtuns está consagrada em um código de conduta chamado Pashtunwali ("O Caminho dos Pashtuns"). O código de honra abrange todas as áreas de comportamento social para homens, mulheres e crianças.

O valor central do Pashtunwali é ghairat, uma noção de "honra" na qual autonomia, orgulho, zelo, coragem, virilidade, autodefinição e autodeterminação estão todos juntos, o espírito de um verdadeiro Pashtun! As mulheres são detentoras de honra, as quais expressam com lealdade e modéstia. Esse forte senso de identidade leva muitos pashtuns a dizerem que são Pashtuns primeiro e muçulmanos segundo. Isto é especialmente verdade quando há um conflito entre o que a religião exige e o que eles devem fazer como pashto quando a honra é desafiada. Na sabedoria de seus próprios provérbios pashtuns, "Um verdadeiro Pashtun diz: 'Posso perder minha fé, mas nunca perca minha honra!'" "Um Pashtun se lançará no fogo (mesmo no fogo do inferno!) por sua honra!".” Portanto, tanto o Islã quanto a honra são autoridades morais para comportamento, tomada de decisão e vida cotidiana.

PRIMEIRAS MISSÕEs:

Esforços foram feitos para alcançar os Pashtuns desde 1818, quando William Carey traduziu partes do Antigo Testamento para o Pakhto, baseando-se nas interações com os comerciantes pashtuns que se mudaram (e se estabeleceram) no norte da Índia e além. No sul da Ásia, o nome "Pashtun/Pakhtun" foi alterado para "Pathan".

Hoje, os 11 milhões de Pashtuns na Índia, Bangladesh e no sul da Ásia costumam ser chamados de "Pathan". A primeira missão intencional a Pashtunes foi lançada pela Sociedade Missionária da Igreja em Peshawar, Paquistão (então noroeste da Índia) em 1853. Seguiu-se mais de 150 anos de ministério fiel, através de hospitais missionários, escolas, faculdades, literatura , evangelismo por meio de amizades e outras formas de testemunho de cristãos paquistaneses (Punjabi) e missionários expatriados. Apesar desse registro, e do número lento, mas crescente, de crentes Pashtuns dispersos, um movimento evangélico vibrante, indígena e discipulador ainda precisa se enraizar ou se espalhar.

O sangue dos mártires, seus sacrifícios, orações e lágrimas clamam: "Até quando, Senhor?" Ore para que Pashtuns de cada tribo estejam sentados à mesa com Cristo em seu Reino!

(Toda a informação vem do extrato de LNB. PASHTUN. 7 Nov. 2019.)